Da redação – Tradicional ponto turístico de Florianópolis, a Lagoa da Conceição está imprópria para banho em toda sua extensão. A informação foi divulgada pela Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (FLORAM) junto ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Segundo a FLORAM, devem ser evitadas atividades de lazer com contato com a água, além do consumo de pescados da região.
Os órgãos seguem vistoriando a área e monitorando a água para a identificação da causa da mortandade de peixes na Lagoa. Nesta quarta-feira (3), uma nova análise foi realizada no local, com a presença da UFSC e da Casan (Companhia Catarinense de Água e Saneamento). Os resultados devem sair nos próximos dias. Uma nova manifestação em conjunto será feita assim que a condição tenha se normalizado na Lagoa da Conceição.
No dia 25 de janeiro, após fortes chuvas que atingiram à Capital, uma Estação de Tratamento de Esgoto da Casan se rompeu, despejando resíduos na Lagoa da Conceição. Houve transbordamento e casas e ruas da região ficaram inundadas.
Os pesquisadores do Projeto "Ecoando Sustentabilidade" da UFSC acompanharam a vistoria embarcada e realizaram coletas com o objetivo de monitorar o afloramento de microalgas que produzem substâncias tóxicas, motivo pelo qual o contato com a água deve ser evitado, conforme comunicado emitido pela Floram e IMA.
"Enquanto essa alga continuar a apresentar concentrações elevadas na água, e não tivermos certeza sobre as possíveis consequências para a saúde humana e do ecossistema da lagoa, por precaução, entendemos que todo o ambiente deve ficar com uso restrito." - ressalta Mariana Coutinho, bióloga da FLORAM e membro do Grupo de Trabalho Especial criado para atender a situação da lagoa.
Floram, IMA e UFSC continuam trabalhando em parceria para tentar compreender os acontecimentos recentes na Lagoa da Conceição e encontrar soluções em curto, médio e longo prazo. Novos comunicados conjuntos devem ser divulgados nos próximos dias, até que a Lagoa retorne a sua normalidade.