Da redação - Uma quadrilha fortemente armada assaltou uma agência bancária em Criciúma, no sul catarinense, na madrugada desta terça-feira, 1º. Armados com fuzis e explosivos, o grupo de pelo menos 30 criminosos, invadiu a tesouraria regional do Banco do Brasil, no centro da cidade. Eles bloquearam os acessos à cidade, efetuaram diversos disparos e atearam fogo em carros para dificultar a chegada da Polícia. Os criminosos também fizeram operários da prefeitura de reféns. Moradores relataram o cenário de pânico e destruição nas ruas da cidade durante o ato criminoso. Ninguém morreu, mas um policial e um vigilante ficaram feridos na ação que durou quase duas horas. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para desativar 30 quilos de explosivos colocados no entorno da agência bancária. Na fuga, os criminosos deixaram dois malotes de dinheiro para trás. Quatro moradores foram detidos após recolherem cerca de 800 mil reais deixados no chão após a explosão. Na manhã desta terça-feira, a Polícia encontrou dez carros de luxo, como Audi, Land Rover, BMW e Mitsubishi, em um milharal em Nova Veneza, cidade vizinha. Os veículos tinham placas de São Paulo. Ainda não se sabe se outros veículos davam apoio à ação. A Polícia acredita que a quadrilha é de outro estado e que o assalto foi planejado há alguns meses.  Em nota divulgada à imprensa nesta manhã, o Banco do Brasil disse que nenhum funcionário ficou ferido durante a ação e que ainda não há previsão de reabertura da agência. A instituição, no entanto, não informou a quantia levada pelos bandidos. Na manhã desta terça-feira, o governador Carlos Moisés da Silva e autoridades de segurança deram uma entrevista coletiva na sede da prefeitura de Criciúma.  Eles classificaram o episódio como o “maior roubo que já aconteceu em Santa Catarina”. De acordo com o delegado Anselmo Cruz, que está à frente das investigações, a Polícia vai reunir elementos e vestígios sobre a ação dos autores da ação criminosa que aterrorizou os moradores da cidade nesta madrugada. Por determinação do Delegado Geral Paulo Koerich, estão em Criciúma policiais civis da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), além de outras delegacias da DEIC, da CORE e o reforço mobilizado da região em apoio às forças locais. Também há contatos e mobilização com as Polícias de outros Estados, como dos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, e com a Secretaria Nacional de Segurança, para a união e integração de esforços na ação policial, no Sul do Estado.