Da redação - Por 6 votos a 3 e uma abstenção, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) foi absolvido da suposta prática de crime de responsabilidade na concessão de reajuste salarial aos procuradores do Estado. A sentença foi proferida na tarde desta sexta-feira, na sessão do Tribunal Especial de Julgamento, realizada no Plenário da Assembleia Legislativa. Com a decisão, Moisés retornará ao cargo de chefe do Poder Executivo. O governador estava afastado das funções desde 27 de outubro, quando o tribunal acatou a denúncia contra ele e deu início ao julgamento. Para que Moisés fosse condenado e perdesse em definitivo o cargo de governador, eram necessários, no mínimo, sete votos pela condenação, o que representaria 2/3 dos 10 membros do tribunal. A sessão de julgamento que absolveu Moisés começou por volta das nove horas da manhã. O governador não compareceu. No final da manhã, o relator do processo, deputado Kennedy Nunes, adiantou que solicitaria vistas do processo, o que adiaria o julgamento de Moisés no Tribunal Especial. O deputado levou em consideração duas decisões ocorridas nesta semana: a da governadora interina Daniela Reinehr, que anulou o reajuste dos procuradores;  e do Tribunal de Justiça, que considerou legal o reajuste. Após várias manifestações sobre o pedido de vistas, os julgadores deram início às discussões. Kennedy retirou o pedido de vistas antes de iniciar a votação, por volta das 14 horas. Em seguida, o presidente do tribunal leu um relatório sobre o processo e proferiu o resultado que absolveu o governador. Moisés ainda responde um segundo processo de impeachment, no caso da compra dos respiradores com pagamento antecipado e da tentativa de contratação de um hospital de campanha em Itajaí.