Da redação - A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumpriram, na manhã desta quarta-feira, cinco mandados de busca e apreensão, na Casa da Agronômica, residência oficial do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL) e também no Centro Administrativo do governo. Também foram cumpridos outros mandados de busca e apreensão contra outros dois ex-integrantes do governo, que não tiveram os nomes divulgados. A operação desta quarta-feira investiga a compra de 200 respiradores por 33 milhões de reais que foram pagos antecipadamente para a empresa Veigamed e sem licitação. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso chegou a ser investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina, que deflagrou em abril, a Operação Oxigênio. Na ocasião, o então secretário da Casa Civil, Douglas Borba, chegou a ser preso e o secretário de Saúde na época, Elton Zeferino, pediu exoneração. Na operação, 11 milhões de reais foram recuperados pelo Gaeco, do Ministério Público Estadual. A investigação foi transferida para esfera federal em agosto. Dos 200 respiradores comprados apenas 50 foram entregues. Na operação desta quarta, os investigadores buscam provas do envolvimento do governador e sua equipe com empresários que venderam os respiradores. O caso motivou a abertura de uma Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ALESC, e também dois dos oito pedidos de impeachment do governador. Um deles está sob a análise de uma comissão especial de deputados. O outro chegou à presidência da Casa no dia 8 de setembro. Há também em tramitação um processo de afastamento do governador e da vice, Daniela Reiner, pelo suposto crime de responsabilidade, devido ao aumento concedido aos Procuradores do Estado. Este processo está sendo analisado por um tribunal misto de desembargadores e deputados.