Da redação - 

Por 33 votos a 6 e uma abstenção, os deputados catarinenses decidiram pelo  afastamento do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido). A votação aconteceu nesta quinta-feira, 17 de setembro, em sessão extraordinária na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ALESC. Votaram contra o impeachment do governador, os deputados: Coronel Mocelin (PSL), Altair Silva (PP), Jose Milton Schaeffer (PP), Vicente Caropreso (PSDB), Bruno Silva (Novo) e Paulinha (PDT). O governador e a vice serão julgados pelo crime de responsabilidade no caso do reajuste concedido aos Procuradores do Estado, equiparando os salários ao dos Procuradores da Assembleia. O próximo passo  é a formação de uma comissão julgadora do processo de impeachment com 5 deputados, 5 desembargadores de Justiça e o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Ricardo Roesler, que tem o voto de desempate. Em caso de afastamento do governador Moisés e da vice Daniela, o primeiro na linha sucessória é o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), denunciado pelo Ministério Público Federal, por lavagem de dinheiro, na Operação Alcatraz. Se ele não puder assumir o cargo, quem assume interinamente é o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. As testemunhas e as defesas serão ouvidas por esta comissão, que pode aceitar ou arquivar o processo de impeachment. Caso seja aceito, o governador e a vice serão afastados por 180 dias. E caso o processo seja concluído ainda este ano, será convocada uma nova eleição, que ocorreria de forma indireta, ou seja, com os deputados escolhendo um entre si, para ocupar o cargo de governador.